Aborda as relações natureza/sociedade sob a ótica dos conflitos socioambientais, das políticas de Estado e Mercado para a gestão da natureza, da produção de saberes científicos e locais sobre o mundo natural e social, priorizando a análise da interação entre agências naturais e agências sociopolíticas, bem como seus impactos sobre o sistema-mundo. Seu principal objetivo é articular o estudo de processos naturais com processos sociopolíticos e culturais. A questão ambiental adquiriu centralidade nas arenas políticas internacionais, modificando as regulações de processos produtivos e políticos nacionais, repercutindo também no nível local e comunitário. O estudo da ambientalização das estruturas políticas internacionais e do próprio Estado-Nação, bem como das transformações materiais e tecnológicas que constituem a complexidade da questão ambiental, é assim parte da agenda global das ciências no século XXI. Pensar como essas transformações ambientais se manifestam no mundo rural é um desafio colocado ás ciências sociais. Destacam-se, na presente linha de pesquisa, entre outros, os seguintes temas; conflitos ambientais; conflitos entre saberes científicos e entre esses e saberes locais, inovações tecnológicas e visões de preservação da natureza; produção intercultural de conhecimento; biodiversidade, fenômenos naturais e sociedade; leis e políticas de controle e gestão ambiental; mudança climática e regulação ambiental; energia, água e luta pelo controle e exploração de recursos naturais; etnodesenvolvimento e participação de populações tradicionais na gestão ambiental; estratégias adaptativas, modos de produção e processos de trabalho de camponeses, povos e comunidades tradicionais; tecnologias e biotecnologias de exploração da natureza; agroecologia e movimentos ambientalistas; impactos do capitalismo extrativista e suas industrias (energia, mineração) sobre a natureza e sociedade.