Os trabalhos estão colocados em ordem cronológica (data da defesa) e o texto completo pode ser acessado na Plataforma Sucupira ao clicar em seus títulos.
NATALIA SILVA DE SOUZA
Imperialismo, terra e resistência: uma análise da condição sócio-histórica da Franja Marginal localizada nos quilombos rurais brasileiros
Link será disponibilizado em breve
Defesa: 19/01/2024
Banca: Luiz Felipe Brandao Osório (Orientador / CPDA/UFRRJ), Andre Luiz Videira de Figueiredo (UFRRJ) e Alysson Leandro Barbate Mascaro (USP).
Resumo: Compreender o imperialismo é fundamental para analisar as condições de vida da classe trabalhadora brasileira, pois na América Latina, o imperialismo moldou as bases do capitalismo dependente, marcado pela troca desigual, transferência de valor e superexploração do trabalho. Além disso, o modo de produção capitalista latino americano, em seu constante processo de expansão, reforça a centralidade da ocupação de territórios, o que promove a disputa por terras no Brasil. A luta quilombola obteve diversas conquistas nas últimas décadas, no entanto, nenhuma possui caráter de ruptura estrutural com as reais causas dos problemas enfrentados pelas comunidades. Mesmo com a titularidade dos territórios, a população quilombola campesina pode viver em condições precárias, principalmente quando não há a possibilidade de formação de uma economia de subsistência. O objetivo dessa pesquisa é compreender como o imperialismo, a partir da dinâmica local de dependência, determina as condições de existência do campesinato quilombola. Para isso, será realizada uma pesquisa bibliográfica que buscará realizar um resgate do debate sobre imperialismo e a formação do capitalismo dependente, desenvolver sobre a questão agrária e quilombola no Brasil e, por último, sintetizar ambos os debates com o objetivo de compreender qual é a articulação entre o imperialismo e os quilombos campesinos. Por fim, essa pesquisa tem o objetivo de compreender a realidade para transformá-la.
Palavras-chave: imperialismo, capitalismo dependente, racismo, quilombos, questão agrária, superexploração.
NATÁLIA SANTOS LOBO
“Isso é coisa do meio ambiente”: a rede agroecológica de mulheres agricultoras (RAMA) e a construção de territórios na Barra do Turvo, Vale do Ribeira, SP
Link será disponibilizado em breve
Defesa: 26/01/2024
Banca: Maria José Carneiro (Orientadora / CPDA/UFRRJ), Fabrina Pontes Furtado (CPDA/UFRRJ), Rodica Weitzman e Isabelle Hillenkamp.
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo compreender as lógicas de construção territorial e de relação com a natureza presente em dois tipos de organizações e redes que se encontram na região da Barra do Turvo, no Vale do Ribeira, São Paulo: por um lado, a Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras da Barra do Turvo (RAMA) e, por outro, as políticas ambientais do Estado de São Paulo, junto das iniciativas de uma organização do terceiro setor que atua há tempos na região, a Iniciativa Verde. Para isso baseou-se em observação participante dos espaços coletivos da RAMA, realização de entrevistas com agricultoras da RAMA e com agentes da política ambiental da região e pesquisa documental. Verificou-se que há lógicas – ecológicas, econômicas e sociais – distintas em jogo na construção de territórios nesse local. No entanto, essas lógicas, por vezes, se sobrepõem e influenciam mutuamente. Este argumento é demonstrado principalmente através da análise da participação de um setor das mulheres da RAMA em projetos de Economia Verde na região. Ressalta-se o fato de que a RAMA demonstrou ter uma forma de construção territorial baseada na construção de um Comum que se apoia fundamentalmente na forma como as mulheres constroem uma forma própria de fazer agroecologia e que tem, em alguma medida, transformado também as relações sociais de gênero em que elas estão inseridas.
Palavras-chave: Economia Verde; Agroecologia; Comum; Mulheres; Vale do Ribeira.
Postado em 06/02/2024 - 14:44
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