
Como vimos anteriormente, a UFRRJ que conhecemos hoje teve sua origem na Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (Esamv), criada em 20 de outubro de 1910. Mas até chegar onde está na atualidade, a instituição foi mudando de nome e ocupando diferentes sedes em suas primeiras décadas de existência.
A escolha de Seropédica como nova casa foi feita em 1938. A inauguração ocorreu em 1947, com a transferência definitiva concluída no ano seguinte.
Pouco antes disso, em 1943, nascia uma universidade. Naquele ano, o Decreto-Lei 6.155 reuniu as escolas nacionais de Agronomia (ENA) e Veterinária (ENV); os cursos de Aperfeiçoamento, Especialização e Extensão; e os serviços Escolar e de Desportos. A nova instituição recebeu o nome de Universidade Rural.
É essa Universidade Rural que vai ver o fim da Segunda Guerra, o começo da Guerra Fria, o término da Era Vargas, a euforia desenvolvimentista dos anos 1950 (“cinquenta anos em cinco”), o despontar da bossa nova, a Revolução Cubana…

No álbum dos engenheiros agrônomos formados em 1953 (acervo do Centro de Memória da UFRRJ), podemos ter uma ideia de como eram os estudantes da década de 50. Nas fotografias, vemos pessoas de norte a sul do Brasil, além de alunos da Bolívia e da Venezuela. E embora a grande maioria ainda fosse formada por homens, conseguimos identificar três mulheres naquela turma: uma de Pernambuco e duas do Rio de Janeiro – que então era o Distrito Federal.









Em outra série de fotografias, também vemos o registro de atividades esportivas e recreativas que uniam ruralinos e ruralinas do passado.









No início dos anos 60, mais uma mudança de denominação: a instituição passou a ser, em 1963, a Universidade Federal Rural do Brasil. Na ocasião, sua estrutura era composta pelos seguintes setores: as já tradicionais ENA e ENV; as escolas de Engenharia Florestal, Educação Técnica e Educação Familiar; além dos cursos de nível médio dos colégios técnicos de Economia Doméstica e Agrícola (Escola Ildefonso Simões Lopes).
A conjuntura política no país estava quente, prestes a ferver. O projeto nacional-desenvolvimentista e o crescimento de movimentos populares entravam em choque com interesses de grupos conservadores. As tensões sociais irromperam com o golpe de 1964, que destituiu do poder o presidente João Goulart.

No próximo episódio de nossa série sobre os 115 anos, vamos ver como a Rural atravessou o período da ditadura no Brasil.
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Texto: João Henrique Oliveira (CCS/UFRRJ)
Arte: Samuel Tavares Coelho (CCS/UFRRJ)
Fotografias: Centro de Memória da UFRRJ
Postado em 29/08/2025 - 09:04
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