Ao longo dos últimos anos, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) vem acompanhando e contribuindo com o processo de autorreconhecimento das escolas das áreas rurais de diversas redes municipais (Nova Iguaçu, Angra dos Reis, Paraty, Campos de Goytacazes, Seropédica, Japeri, Queimados, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Magé, Três Rios, Petrópolis) como “escolas do campo”, ou seja, pertencentes à nova modalidade da Educação Básica (Resolução CNE-CEB nº 4/2010) denominada “Educação do Campo”. Estas ações justificam-se em função da LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO oferecida por esta Universidade, atendendo estudantes de áreas rurais e urbanas, ligados a pequenos agricultores, aos povos tradicionais, aos sujeitos de reforma agrária e de ocupações, articulando a agroecologia através desses sujeitos em suas múltiplas territorializações.
O conceito de “Educação do Campo” nasceu das lutas dos movimentos sociais do campo no bojo das lutas pela terra e na tentativa de resolver as demandas por educação que emergiam nas ocupações/acampamentos dos sem-terra. As experiências educacionais desses movimentos apontavam para a necessidade de se construir uma nova pedagogia que pudesse atender às necessidades da identidade sociocultural dos sem-terra e de oferecer novas formas de trabalho pedagógico que partissem da realidade dos educandos-sujeitos populares do campo, construindo uma educação contextualizada e diferenciada.
Público-Alvo: Cursistas egressos do curso de Aperfeiçoamento em Educação do Campo (Programa Escola da Terra – edições 2018 e 2020).