Pensar em uma educação significativa para as escolas de áreas rurais é consolidar alicerces firmes comprometidos na formação cidadã dos educandos e também preocupasse em atender as reais necessidades, sem dar margens a um resultado de desigualdade e exclusão. “Não podemos pensar uma educação para a libertação, quando privamos uma população de seus direitos. ” (ARROYO; FERNANDES, 1999, p. 65). Freire (2011, p.47) suscita uma educação transformadora, onde “saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção”. Pensar em uma educação libertadora é refletir em uma educação que faça os sujeitos que estão aprendendo a entender o mundo que os cerca e transformar sua realidade para o bem da coletividade, remar ao encontro da autonomia, sempre voltada à tomada de consciência da realidade, a emersão, a criticidade, a democratização da cultura. Freire (2000, p. 37) afirma que “A mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da situação esumanizante e o anúncio de sua superação, no fundo o nosso sonho” A liberdade para Freire é um princípio da transformação humana, enquanto ser atuante, participante de sua própria história. Uma característica das escolas de área rural são as turmas multisseriadas. Alguns dos fatores que se relacionam com as dificuldades educacionais dessas classes, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) a “[…] ausência de uma capacitação específica dos professores envolvidos, a falta de material adequado e, principalmente, na ausência de infraestrutura” (Brasil; INEP, 2007, p.25). Com a intenção de estreitar os vínculos afetivos a favor do processo de ensino aprendizagem, o objetivo é que o educando aproprie-se do conhecimento. Desta forma, contribuir para um ambiente escolar acolhedor, incentivador diante das dificuldades é fundamental e para isto, o professor precisa realizar uma práxis pedagógica pauta na realidade vivida pelo educando. Cunha (2008) vai dizer que desenvolver o afeto é algo determinante na vida do aluno, pois quando o educando é compreendido sentisse o desejo de aprender e como consequência este saber adquirido eleva sua autoestima e o torna incentivado. O autor esclarece ainda que: Há professores – mesmo com pouquíssimos recursos – que afetam tanto que são capazes de transformar suas aulas em dínamos de inteligência, mesmo recitando o catálogo telefônico. Pode ser um exagero usar o catálogo como metáfora, mas na verdade, em nossa memória, o que mais conservamos são as coisas que nos afetam, para o bem ou para o mal (CUNHA, 2008, P.69).
Público Interno: Alunos de graduação e pós ligados à área de educação.
Público Externo: Formadores e professores.