Os termos agroecologia e agricultura orgânica eram pouco utilizados no início da década de 1990. No Brasil, a preocupação com a produção de alimentos em bases ecológicas começava a ganhar atenção através do movimento conhecido como agricultura alternativa.
Nesse contexto, em 1993, pesquisadores e professores se reuniram para desenvolver o Sistema Integrado de Produção Agroecológica, mais conhecido como “Fazendinha Agroecológica Km 47”.
A Fazendinha foi concebida como um espaço de ensino, pesquisa e capacitação para o exercício da agroecologia e da agricultura orgânica em bases científicas, com base no enfoque sistêmico e na parceria interinstitucional.
Desse modo, desenhou-se um sistema que incorporou vários componentes com funções complementares e interdependentes, a começar pela harmonia da paisagem com introdução das árvores, bem como pela diversidade funcional e a integração lavoura e pecuária.
A parceria interinstitucional é hoje formada pelo Colégio Técnico da UFRRJ (CTUR), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Agrobiologia, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (PESAGRO-RIO) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
De acordo com os princípios da agroecologia, a Fazendinha foi estruturada para permitir a exploração racional das potencialidades locais, priorizando a sustentabilidade do agroecossistema através da diversificação produtiva, consolidando-se como um modelo apropriado para unidades de produção familiares no Estado do Rio de Janeiro.
Na Fazendinha Agroecológica Km 47, busca-se:
• otimizar a fixação biológica de nitrogênio pela utilização de leguminosas e diversificação de culturas;
• usar recursos locais sempre que possível;
• maximizar a reciclagem de nutrientes essenciais às culturas e minimizar suas perdas
• manter o equilíbrio nutricional das plantas;
• utilizar cobertura de solo;
• manter populações de fitoparasitas e plantas espontâneas em níveis toleráveis;
• intensificar a utilização de espécies arbóreas no sistema de produção orgânica;
• integrar a produção animal à produção vegetal;
• estabelecer práticas de manejo alternativo de bovinos e de aves;
A Fazendinha recebeu o prêmio CREA de Meio Ambiente em 2022 na modalidade “Sociedade Sustentável”. O Troféu Seriema reconhece o mérito de ações que se destacaram pela excelência de suas contribuições na preservação, recuperação, defesa e conservação do meio ambiente, na melhoria da qualidade de vida, estimulando a consciência socioambiental para a construção de uma sociedade mais justa, próspera e sustentável.
Prêmio CREA de Meio Ambiente 2022
A Fazendinha recebeu o prêmio Crea-RJ de Meio Ambiente em 2018 em reconhecimento à sua contribuição para o desenvolvimento de tecnologias, formação de recursos humanos e disseminação da agroecologia e da produção orgânica no País.
A solenidade de entrega do prêmio Crea-RJ Johanna Döbereiner em 2016, foi promovida da Câmara Especializada de Agronomia, no dia 11 de outubro de 2016. O evento ocorreu na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Nessa solenida, além da Fazendinha, agraciou-se o engenheiro agrônomo e professor emérito da UFRRJ, Manlio Silvestre Fernandes.
O objetivo do prêmio Johanna Döbereiner é homenagear profissionais, instituições e entidades que tenham se distinguido por suas posições, ações, trabalhos, estudos e projetos na área da agronomia. Trata-se, também, de uma homenagem à cientista Johanna Döbereiner, que fez de sua vida um constante desafio em favor da produção e distribuição de alimentos, do desenvolvimento de uma agricultura sustentável e do equilíbrio do meio ambiente.
A Fazendinha foi agraciada com o prêmio Von Martius de Sustentabilidade em 2004 categoria Tecnologia. Esse reconhecimento se deve à contribuição da Fazendinha para a promoção do desenvolvimento socioeconômico e cultural, alinhado ao conceito de sustentabilidade.
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