Na retomada de seu ciclo de debates em torno da questão pandemia, o Centro de Estudos Avançados (CEA) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) tem o imenso prazer de poder contar com a presença da professora Suely Rolnik, psicanalista, professora Titular da PUC-SP e professora convidada do Mestrado Interdisciplinar em Teatro e Artes Vivas da Universidade Nacional da Colômbia. Possui graduação em Sociologia e Filosofia (Paris 8, Sorbonne), graduação, mestrado e diploma de Estudos Superiores Especializados em Ciências Humanas Clínicas (Paris 7, Sorbonne) e doutorado em Psicologia Social (PUC-SP). Autora de ensaios e livros publicados no Brasil e no exterior, sendo seu livro mais recente Esferas da insurreição. Notas para uma vida não cafetinada (N-1, 2018). Coautora com Félix Guattari de Micropolítica. cartografias do desejo (Vozes, 1986; no prelo pela editora N-1).
Micropolíticas na pandemia: entre o colapso e os movimentos de transfiguração
Em seus escritos, a professora Suely Rolnik sempre chama a atenção para o fato de que a resistência contra os efeitos do regime colonial, racializante e capitalista no qual estamos imersos não se reduz aos problemas ligados tanto à partilha dos bens materiais e imateriais em uma sociedade quanto ao Estado e suas leis. Trata-se de pensar que modos de produção de subjetividade, na realidade, constituem aquilo que permite a reprodução desse regime. Descolonizar o inconsciente é, portanto, uma tarefa política que, entretanto, distingue-se de questões macro-políticas como a luta pela igualdade. Portanto, tal tarefa exige aquilo que a professa Suely Rolnik chama de micropolítica como forma de encarar a violência invisível que nasce da reprodução desse regime colonial, racializante e capitalista. Essa violência volta-se, basicamente, contra a vida, dado que se trata de uma força reativa contra o que quer se expandir. Em suma, essa violência quer aniquilar a vida. Não apenas a vida humana, como também todas as dimensões não-humanas, o que se revela na catástrofe ambiental pela qual estamos passando. Nesse sentido, o surgimento da pandemia só veio aprofundar essa situação, o que aumenta a sensação do colapso no qual já vimemos. Como escutar os sinais que a pandemia nos envia e preparar movimentos de transfiguração? Como agir em uma perspectiva micropolítica nesse contexto? Para conversar sobre esses temas, contaremos na bancada de entrevistadores com a participação da professora Mariana de Toledo, do Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Danilo Bilate, professor do Departamento de Filosofia da UFRRJ. Na moderação, o professor Pedro Hussak, vice-diretor do CEA-UFRRJ.
A entrevista será transmitida pelo canal do Youtube: http://www.youtube.com/c/CentrodeEstudosAvançadosCEAUFRRJ
Data: 10 de março de 2021, quarta-feira, às 16:30h.
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