Apresentação
A Comissão Permanente da Política Institucional pela Diversidade, Gênero, Etnia/Raça e Inclusão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), instituída pela portaria 6517 de 03 de dezembro de 2021, a partir da Deliberação Nº 430 / 2021 – SAOC, de 08 de novembro de 2021, nasce de um histórico de lutas da comunidade acadêmica em prol de uma universidade mais justa e equânime.
Nossa missão é criar um ambiente universitário onde todos se sintam acolhidos e respeitados, celebrando a riqueza das diferenças. Aqui, acreditamos que a diversidade é a base para o crescimento e a inovação. Trabalhamos de modo a promover a igualdade de gênero, a valorização das diversas etnias e raças, e a inclusão de todas as pessoas, garantindo que a UFRRJ seja um espaço de aprendizado acessível e justo para todos. Explore nosso site para descobrir mais sobre nossos projetos, iniciativas e como você pode contribuir para uma universidade mais inclusiva, segura e igualitária.
A violência de gênero, a cultura do estupro, a impunidade infelizmente são mazelas sociais que assolam o Brasil. E entre 2015 e 2017, na Rural, diversos casos de violência sexual aconteceram no campus. Mulheres, meninas, alunas, organizadas em coletivos reivindicaram providências mais efetivas. Assim, desde 2015, a UFRRJ, atendendo a essas reivindicações, iniciou a discussão de uma política de acolhimento a pessoas em situação de violências. A atual Pró-reitora de Assuntos Estudantis Juliana Arruda foi muito importante nesse processo.
Como resultado desse debate que envolveu todos os segmentos da comunidade universitária, em 2019, foi aprovada a Política de Acolhimento às Pessoas em Situação de Violências. Essa deliberação foi atualizada em 2021, com a criação da Comissão Permanente da Política Institucional pela Diversidade, Gênero, Etnia/Raça e Inclusão (CPID) e com a criação da Comissão Permanente de Prevenção à Violência (CPPV). A Professora do curso de jornalismo Fafate Costa foi a primeira coordenadora da CPID e foi ela que delineou a deliberação 430 que foi aprovada em novembro de 2021 no CONSU.
Em 2022, a CPID iniciou as suas ações de humanização, de luta contra o racismo, sexismo, assédios, LGBTIfobia com atividades de formação, campanhas de prevenção à violência, como curso Diversidade e Inclusão para servidores, servidoras e guardas universitários. E as campanhas Institucionais: Mulheridades, Orgulhe-se! LGBTQIAP+ Rural, Setembro Amarelo e Por uma Rural Antirracista. Mobilizamos tanta gente, aprendemos tanto com grupos e coletivos de diferentes áreas e perspectivas, mas que estavam todos e todas em prol de uma Rural mais humana.
E não paramos por aí: fizemos articulações importantes que nos propiciaram levar para aprovação deliberação que atualizou uso de nome social para pessoas trans, além do uso do banheiro de acordo com a identidade de gênero autodeclarada e a criação do banheiro neutro.
Entre 2021 e 2022 a professora Joyce Alves foi vice coordenadora da CPID. E em 2023 assumiu a coordenação da CPID, sendo a vice coordenadora a Profa. do Instituto de Três Rios Diana Ramos.
Uma das nossas mais lindas façanhas foi conseguir aprovar, com a articulação com a PROPPG, a regulamentação da cota para pessoas transexuais, travestis, quilombolas e refugiadas na Pós-graduação. É sempre bom lembrar que a Rural foi pioneira nessa ação afirmativa no Estado do Rio de Janeiro. E em relação às cotas não paramos: estamos avançando no debate para que a reserva de vagas para pessoas trans seja garantida também na graduação.
Nossa última normativa aprovada foram os protocolos de denúncias e de violência sexual da UFRRJ, além de uma cartilha de prevenção às violências, elaborados pela CPID e CPPV. Trata-se de um marco na nossa Universidade para a política de acolhimento e para o combate às diversas violências.
Os protocolos foram elaborados em diálogo com vários setores e com todos os segmentos da universidade (docentes, discentes e técnicos), que pretendem simplificar e agilizar a dinâmica da denúncia; além de propor acolhimento da/o denunciante, e acompanhamento da denúncia.
Fizemos muito, com quase nenhum recurso e sem estrutura; e faremos mais porque queremos a Rural sintonizada nas diretrizes dos Direitos Humanos e no bem viver.
A CPID agradece aos, bolsistas, a todos os membros da CPPV, a toda a administração central, em especial ao magnífico reitor Roberto Rodrigues, a todos os grupos, coletivos, associações que contribuíram para a construção dessa importante política, que visa propor ações efetivas de combate e prevenção às mais diversas violências, com vistas a uma Rural pautada pela cultura de paz.