Metodologia de Pesquisa em Ciências Sociais I

IH 1533

Disciplina obrigatória para o Mestrado
Número de créditos: 3
Horas aula: 4 (2 teóricas e 2 práticas)
Professores responsáveis: Maria José Carneiro, Cláudia Job Schmitt, Débora Franco Lerrer e Thereza Menezes.

Objetivos

  • Oferecer aos alunos elementos para refletir sobre práticas de pesquisa, com ênfase e métodos qualitativos, visando à elaboração da dissertação de mestrado.
  • Realizar um primeiro exercício de construção do objeto de pesquisa da dissertação.

Ementa

Apresentação e discussão de temas centrais relacionados à realização de pesquisa de campo (construção do objeto, subjetividade na pesquisa, relação intersubjetiva e alteridade, uso de conceitos e categorias, entre outros) e às diferentes estratégias e procedimentos de pesquisa, coleta e análise de informações (estudos de caso, estratégias comparativas, entre outros).

Bibliografia

ARBORIO, A-M. L’enquete et ses méthodes: l’observation directe. Paris, Nathan Université, 1999.

BARRINGTON MOOORE Jr. As origens sociais da ditadura e da democracia: senhores e camponeses na construção do mundo moderno. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

BARTH, F. Metodologias comparativas na análise dos dados antropológicos. IN: ________. O Guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2000.

BEAUD, Stephane; WEBER, Florence. Guia para a pesquisa de campo: produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007.

BECKER, H. Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Hucitec, 1993.

BECKER, H. Segredos e truques da pesquisa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.

BECKER, Howard. Falando da sociedade: ensaios sobre as diferentes maneiras de representar o social. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

BERTAUX, D. Les récits de vie. Paris, Nathan Université, 1999.

BHABA, H. “O compromisso com a teoria”. In BHABA, H. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed.UFMG, 1998.

BOURDIEU, P. et al. A profissão do sociólogo. Preliminares epistemológicas. Petrópolis: Vozes, 2002.

CARDOSO, Ruth (org.). A aventura antropológica. Teoria e pesquisa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

CHAMPAGNE, P. et al. Iniciação à prática sociológica. Petrópolis: Vozes, 1998.

PEIRANO, M. “O encontro etnográfico e o diálogo teórico”. In Anuário antropológico, 1985. Tempo Brasileiro.

MILLS, Wright. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.

BOURDIEU, P. Capítulo II. Introdução a uma Sociologia Reflexiva. In: _______ O Poder Simbólico. Lisboa: Difel, 1989. p. 17-58.

BOURDIEU, P. et al. La construction del objeto. In: ________ El ofício de sociologo. Pressupuestos epistemológicos. Madrid: Siglo Vientuno Editores, 1975.

BOURDIEU, Pierre, CHAMBOREDON, J.C; PASSERON, J.C. A construção do objeto. In: _______. Ofício de Sociólogo. Metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis, Rio de Janeiro, 1999. p. 45-72.

BUROWAY, Michel. The extended case method. Sociological Theory, v. 16, n. 1, 1998. P. 4-33.

CHALMERS, A. F. A fabricação da ciência. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1994. p. 9-127.

CHALMERS, Alan F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.

CHAMPAGNE, P. A ruptura com as pré-construções espontâneas ou eruditas. In: CHAMPAGNE, P. et al. Iniciação à Prática Sociológica. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. p. 171-227.

CICOUREL, A. V. Notes on the integration of micro and macro-levels of analysis. IN: KNORR-CETINA, K. Advances in social theory and methodology: toward an integration of micro- and macro-sociologies. Boston/London/Henley: Routledge and Kegan Paul, 1981. p. 51-79.

FERNANDES, Florestan. Fundamentos empíricos da explicação sociológica.São Paulo: T.A. Queiroz Editor, 1982.

FLYVBJERG, Bent. Five misunderstandings about case-study research. Qualitative Inquiry, v. 12, n. 12, 2006. P. 219- 245.

GARCIA Jr., A. R. O Sul: caminho do roçado – estratégias de reprodução camponesa e transformação social. São Paulo: Marco Zero; Brasília: MCT/CNPq, 1989.

GEERTZ, C. El antropólogo como autor. Buenos Aires, Ed. Paidos.

GEERTZ, C. Mistura de gêneros: a reconfiguração do pensamento social. In: GEERTZ, Clifford. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis: Vozes, 1997. p.33-56.

GEERTZ, C. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura. In: _______ A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. p. 13-41.

GIDDENS, A. O que é ciência social? in Giddens, A. Em defesa da sociologia Ensaios, interpretações e tréplicas. São Paulo, Edunesp, 2001.

GINZBURG, C., Castelnuovo, E., Poni, C. Provas e possibilidades à margem de “Il ritorno de Martin Guerre”, de Natalie Zemon Davis. A micro-história e outros ensaios. Rio de Janeiro/ Lisboa: Editora Bertrand Brasil/DIFEL, 1989. p. 179-202.

GIRAUD, O. Comparação dos casos mais contrastantes: método pioneiro central na era da globalização. Sociologias, Porto Alegre, ano 11, no 22, jul/dez 2009, p. 54-74.

HAMMERSLEY, Martyn; ATKINSON, Paul. Ethnography: principals in practice. Abingdon/New York: Routledge, 2007. Chapter 2 – Research design: problems, cases and samples. p. 20-40. Chapter 3 – Access.

IANNI, Octavio. A crise de paradigmas na sociologia. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 32, jun. 1991, p. 195-215.

KISER, E. and HECHTER, M. The role of general theory in comparative historical-sociology. The American Journal of Sociology, v. 97, n. 1, jul. 1991. p. 1-30.

LAW, John. After method: mess in social science research. Abingdon/Canada and New York/USA: Routledge, 2004.

LENOIR, R. Objeto Sociológico e o problema social. IN: Champagne, P. et al. Iniciação à Prática Sociológica. Rio de Janeiro: Vozes, 1996. p. 59-104.

LINCOLN, Y.; GUBA, E. G. Paradigmatic controversies, contradictions and emerging confluences. IN: N. K. and LINCOLN, Y. S. Handbook of qualitative research. Oaks-US/London-UK/New Delhi-India: Sage Publications, 2000. p. 163-187.

MELLUCI, A. Busca de qualidade, ação social e cultura. Por uma sociologia reflexiva. IN: MELUCCI, A. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Editora Vozes, 2005. p. 25-42.

PALMEIRA, M. Prefácio. In: LOPES J.S.L. O Vapor do Diabo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976. BURAWOY, M. et al. Ethnography unbound: power and resistance in the Modern Metropolis. Berkeley / Los Angeles / Oxford: University of California Press, 1991.

RAGIN, C. and ZARET, D. Theory and method in comparative research: two strategies. Social Forces, v. 61, n. 3, March, 1983, p. 731-754.

RAGIN, C. et al. Complexity, generality and qualitative comparative analysis. Field Methods, v. 15, n. 4, 2003. p. 323-340.

RAGIN, Charles. The distictiveness of case-oriented research. HSR – Health Service Research, v. 34, n. 5, 1999. p. 1137-1151.

SANTOS, Boaventura de Souza. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos Avançados, São Paulo, v. 2, n. 2, maio/agost. 1988, p. 46-71.

SANTOS, Boaventura de Souza. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Editora Cortez, 2006.

SCHWANDT, T. A. Three epistemological stances of qualitative inquiry: interpretativism, hermeneutics and social constructionism. IN: DENZIN, N. K. and LINCOLN, Y. S. Handbook of qualitative research. Oaks-US/London-UK/New Delhi-India: Sage Publications, 2000. p. 189-214.

STENGERS, Isabelle. A invenção das ciências modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.

WOORTMAN, E. F. Método comparativo, família e parentesco: algumas discussões e perspectivas. Revista Anthropológicas, n. 9, v. 16 (1), 2005. p. 87-108.

Postado em 05/07/2011 - 17:44 - Atualizado em 29/06/2018 - 16:14